28.2.02
Como aprendemos nas comédias românticas, a melhor maneira de dar o devido valor ao amor de sua vida é passar por uma série de relacionamentos fracassados e situações patéticas com pessoas encontradas nas páginas de anúncios pessoais. Afinal, todo mundo sabe que amor verdadeiro só pode ser encontrado através de coincidências.
27.2.02
Comecei a ler Storming The Reality Studio - A Casebook of Cyberpunk and Postmodern Ficton, uma coleção de trechos de romances, contos e ensaios sobre cyberpunk, organizada por Larry McCaffery.
Li bem pouco até agora, mas estou gostando. Os ensaios são bons, variando de memórias pessoais a análises mais rígidas, e os trechos e contos da parte de ficcção são um excelente guia para adicionar mais livros à Pilha Infinita.
Entre os livros a adicionar, está Neuromancer, do William Gibson. Eu já tinha começado a ler uma vez, mas não agüentei a prosa e parei. Lendo agora no original o negócio parece fluir bem melhor.
Li bem pouco até agora, mas estou gostando. Os ensaios são bons, variando de memórias pessoais a análises mais rígidas, e os trechos e contos da parte de ficcção são um excelente guia para adicionar mais livros à Pilha Infinita.
Entre os livros a adicionar, está Neuromancer, do William Gibson. Eu já tinha começado a ler uma vez, mas não agüentei a prosa e parei. Lendo agora no original o negócio parece fluir bem melhor.
26.2.02
25.2.02
Uma história sobre o que passa pela cabeças das pessoas durante o sexo oral. Parece fácil de escrever, mas eu tenho a impressão que é extremamente difícil ser vagamente convincente. "Cum on my mouth, baby!" não deve ser o suficiente.
Tenho o pressentimento que este post vai me render várias visitas via Google.
Tenho o pressentimento que este post vai me render várias visitas via Google.
24.2.02
Sabe aquelas competições de popularidade das colegiais americanas? Além de acontecerem de verdade, elas estão dando origem a um novo campo de trabalho para profissionais com treinamento es psicologia ou ciências sociais. E eu achando que era tudo frescura, silly me.
23.2.02
An Offering e Cinnamon Girl: um poema e um conto erótico da melhor revista sobre sexo que eu conheço. Os ensaios fotogáficos costumam ser excelentes - e bem diferentes das Playboy da vida. Para vê-los é necessário o registro gratuito.
Terminei Timbuktu, de Paul Auster. Não gostei. Não tem nem os jogos de Trilogia de Nova Iorque, nem a qualidade da prosa de A Invenção da Solidão. Tá certo que a história de um cachorro sem dono não prometia muito, mas mesmo assim em esperava mais.
PElo menos é melhor que O Mistério de Lulu.
PElo menos é melhor que O Mistério de Lulu.
22.2.02
Um pedido de ajuda
Por alguma razão que desconheço, estou com vontade de fazer uma daquelas coisas de papel chamadas zines. Um zine meu, todo meu, com algumas coisas que saíram no meu outro blog, o Aoristo.
Se você é um visitante freqüênte e lembra de algo que gostou em particular, diga o que foi. Se não, dá uma passada lá, uma futucada nos arquivos e manda um e-mail.
Valeu aí, tio(a).
Por alguma razão que desconheço, estou com vontade de fazer uma daquelas coisas de papel chamadas zines. Um zine meu, todo meu, com algumas coisas que saíram no meu outro blog, o Aoristo.
Se você é um visitante freqüênte e lembra de algo que gostou em particular, diga o que foi. Se não, dá uma passada lá, uma futucada nos arquivos e manda um e-mail.
Valeu aí, tio(a).
Parece que os videogames entraram de fato no jogo político - e não só como alvo para políticos conservadores. Depois dos jogos de grupos de supremacia branca, um jogo coloca os participantes no papel de ativistas anti-globalização. Apesar de ainda duvidar da eficiência disso como tática de recrutamento, é difícil negar que é um amadurecimento do meio. Ou o jogo não passa de detournment?
Apesar dos incentivos (um está em um comentário aí por baixo) não vou ler mais O Arco-Íris da Gravidade. Depois desse resumo - e de todos esses outros - passar horas com um livro é bobagem.
Eu procurava algo assim desde Ulysses For Dummies.
Eu procurava algo assim desde Ulysses For Dummies.
A l[inguistic] system map applies the recursive morphological growth algorithm of the Lindemayer system (l-system) to the linguistic structure of written narratives as a mechanism for visualizing the often fractaline structure of descriptive prose.Mmmmm... I see.
Só sei que isso, quando processado por isso, virou isso. Tente você também.
O site de Matrix Reloaded foi aberto hoje. Vá até aqui, clique no teclado e digite "reload" quando pedirem a senha.
Policiais fazendo cursos em Políticas Públicas... Uma boa notícia, não? Pena que algumas eras geológicas vão passar antes de um negócio desses acontecer no Nordeste.
21.2.02
O Fábio Fernandes escreveu sobre copyleft no Web Insider. A conclusão dele: só pode se dar ao luxo do copyleft quem não vive de copyright. Não acho que a questão seja tão simples assim. Não dá para se viver de nada que não seja pago, é verdade, mas é possível - mesmo que raro - viver dos desdobramentos disso. Basta ver o exemplo dos caras do Linux.
Mas que fica mais complicada quando nem crédito dão, fica.
Mas que fica mais complicada quando nem crédito dão, fica.
David Weinberger, um dos autores do Cluetrain Manifesto, está lançando livro novo: Small Pieces Loosely Joined.
Organizações de supremacia branca estão usando jogos eletrônicos como forma de recrutamento.
Além de repugnante, a idéia não me parece muito boa: os moleques se divertem atirando nuns ícones de minorias aí, como se divertiriam atirando em ícones de qualquer outra coisa. Tudo bem, é uma tentativa de desumanizar o "adversário" mas eu não acredito que isso vá render recrutas ou mesmo conseguir modificar a visão anterior dessas organizações.
Mas já fui acusado de otimismo.
Além de repugnante, a idéia não me parece muito boa: os moleques se divertem atirando nuns ícones de minorias aí, como se divertiriam atirando em ícones de qualquer outra coisa. Tudo bem, é uma tentativa de desumanizar o "adversário" mas eu não acredito que isso vá render recrutas ou mesmo conseguir modificar a visão anterior dessas organizações.
Mas já fui acusado de otimismo.
Governos não gostam de cidadãos em pé de igualdade com eles, gostam? É só ver o exemplo da criptografia. A questão não é só - ou mesmo principalmente - de política externa, mas um reflexo da dicotomia - cada vez mais clara - entre povo e governo.
19.2.02
Artbomb é um site sobre quadrinhos diferente,focando em uma pancada de resenhas de graphic novels dos mais diversos gêneros.
Duas coisas impressionam, positiva e negativamente: a ausência quase total de super-heróis e o fato de pouqíssimos dos títulos listados estarem disponíveis no Brasil.
Há também uma hq disponível no site, Superidol, por Ellis (idealizador do site) e Colleen Doran.
Duas coisas impressionam, positiva e negativamente: a ausência quase total de super-heróis e o fato de pouqíssimos dos títulos listados estarem disponíveis no Brasil.
Há também uma hq disponível no site, Superidol, por Ellis (idealizador do site) e Colleen Doran.
De uma forma ou de outra, as pessoas que realmente decidem essas coisas estão prestando atenção nas modificações impostas pela Internet e outras tecnologias às artes.
Tem um bom tempo que não ouço aquela cretinice sobre a "frieza" da arte eletrônica. Isso me deixa menos puto.
Tem um bom tempo que não ouço aquela cretinice sobre a "frieza" da arte eletrônica. Isso me deixa menos puto.
Às vezes eu devia aprender a calar a boca.
Um amigo meu - qua anda fascinado com musculação - brincou que ia vender os livros dela para comprar roupas para malhar. Eu caí na besteira de dizer que queria os do Thomas Pynchon.
Agora estou com um tijolo de quase oitocentas páginas - O Arco-Íris da Gravidade - aqui me desafiando. E pior que eu disse que ia colocar no topo da Pilha Infinita.
Um amigo meu - qua anda fascinado com musculação - brincou que ia vender os livros dela para comprar roupas para malhar. Eu caí na besteira de dizer que queria os do Thomas Pynchon.
Agora estou com um tijolo de quase oitocentas páginas - O Arco-Íris da Gravidade - aqui me desafiando. E pior que eu disse que ia colocar no topo da Pilha Infinita.
Philip K. Dick - autor do livro inspirador de um filme que você com certeza viu - não era muito certo das idéias. Tudo por conta de uma série de eventos que ele passou o resto da vida tentando entender (e que você pode ler nos quadrinhos de Crumb).
Do antigo Pasquim, usamos apenas o nome, que está na memória do povo, e a indignação. É necessária a volta de um jornal que nade contra a maré, onde se reúnam as pessoas que ainda querem mudar o BrasilZiraldo, comentando o revival do Pasquim. Não dava para mudar o disco, não?
O Pasquim foi muito importante e coisa e tal, mas não acho que há realmente um espaço para ele (assim como não havia para a Bundas nos moldes nos quais parece estar sendo feito. O público desse negócio vai ser o mesmo do original, mais um ou outro que ainda acha que é Século XX.
Eu acho o relançamento meio triste, sabe? Um punhado de homens muito talentosos mostrando para todo mundo que não acompanharam muito bem os tempos, que ainda estão presos em uma moral e estética 60's e que acabaram se tornando reacionáriso culturalmente (se bem que politicamente, costumo concordar com esses honoráveis senhores).
18.2.02
Um post emocional. Pule, por gentileza.
Tentando me livrar de papéis que não servem mais pra nada (principalmente recortes), achei uma pasta com bilheteinhos, cadernos e cartões que recebi durante o ginásio. Obviamente não resisti e li.
Além da quantidade impressionante de "legal" e "te adoro" - imagino que são obrigatórios na faixa etária - havia algumas coisas bem legais, sendo a maior parte desenhos de um dos (ainda hoje) meus melhores amigos. O engraçado que mesmo com a linguagem clichê, dá para lembrar o carinho disperso no meio (e uma vontade de entrar em contato com algumas daquelas pessoas que eu mais ou menos sei onde estão).
Minha intenção original era dar uma última olhada antes de jogar tudo fora, mas - tirando os recortes - a pasta voltou inteirinha para o lugar.
Mmmmmm... Este post não foi nada útil, foi?
Tentando me livrar de papéis que não servem mais pra nada (principalmente recortes), achei uma pasta com bilheteinhos, cadernos e cartões que recebi durante o ginásio. Obviamente não resisti e li.
Além da quantidade impressionante de "legal" e "te adoro" - imagino que são obrigatórios na faixa etária - havia algumas coisas bem legais, sendo a maior parte desenhos de um dos (ainda hoje) meus melhores amigos. O engraçado que mesmo com a linguagem clichê, dá para lembrar o carinho disperso no meio (e uma vontade de entrar em contato com algumas daquelas pessoas que eu mais ou menos sei onde estão).
Minha intenção original era dar uma última olhada antes de jogar tudo fora, mas - tirando os recortes - a pasta voltou inteirinha para o lugar.
Mmmmmm... Este post não foi nada útil, foi?
Eu aprecio muito os videogames, apesar de não ter muita paciência para eles. Acho uma forma de arte - ou um rascunho de forma de arte - com muitas possibilidades. Algumas melhores, outras muito piores.
17.2.02
Dia de Gibi Novo: Planetary - All Around The World
Eu já falei de Planetary aqui antes (e mais de uma vez, portanto você já sabe que Warren Ellis escreve e John Cassaday ilustra), mas ainda não tinha lido muito: além da primeira edição, só uns quatro número (que nem lembro se estavam em seqüência). Só agora fui ler o que acontece depois que Elijah Wood se une à organização, nesse trade que coleciona os números 1 a 6.
Planetary é uma organização formada por três agentes de campo, um Quarto Homem de identidade desconhecida e colaboradores ao redor do mundo. Seu objetivo é investigar a "história secreta" século XX num mundo cheio de super-heróis. Pense nos universos da Marvel e da DC e imagine que há muita coisa escondida. Planetary trata justamente disso, só que num universo muito mais pobre: o da Wildstorm.
Para compensar - e poder examinar os clichês das hqs de super-heróis - Ellis encheu o mundo de paródias dos heróis mais conhecidos, desde os personagens das pulp novels até o Quarteto Fantástico e Liga da Justiça. O resultado é impressionante.
Diferente das JLA ou New X-Men de Grant Morrison, Planetary causa aquela injeção de adrenalina, mas uma impressão de que há um mundo maravilhoso escondido. Um ótimo motivo para ler ficção científica e super-heróis.
Eu já falei de Planetary aqui antes (e mais de uma vez, portanto você já sabe que Warren Ellis escreve e John Cassaday ilustra), mas ainda não tinha lido muito: além da primeira edição, só uns quatro número (que nem lembro se estavam em seqüência). Só agora fui ler o que acontece depois que Elijah Wood se une à organização, nesse trade que coleciona os números 1 a 6.
Planetary é uma organização formada por três agentes de campo, um Quarto Homem de identidade desconhecida e colaboradores ao redor do mundo. Seu objetivo é investigar a "história secreta" século XX num mundo cheio de super-heróis. Pense nos universos da Marvel e da DC e imagine que há muita coisa escondida. Planetary trata justamente disso, só que num universo muito mais pobre: o da Wildstorm.
Para compensar - e poder examinar os clichês das hqs de super-heróis - Ellis encheu o mundo de paródias dos heróis mais conhecidos, desde os personagens das pulp novels até o Quarteto Fantástico e Liga da Justiça. O resultado é impressionante.
Diferente das JLA ou New X-Men de Grant Morrison, Planetary causa aquela injeção de adrenalina, mas uma impressão de que há um mundo maravilhoso escondido. Um ótimo motivo para ler ficção científica e super-heróis.
Então esse negócio de "intelligent design" - favor não confundir com "criacionismo" - não é nenhuma ameaça à Teoria da Evolução das Espécies? Sério? E à formação de um raciocínio científico pelos estudantes?
Acho muito legal ve como o multiculturalismo (que em si é ums coisa boa) pode ser usado para justificar coisas erradas.
Acho muito legal ve como o multiculturalismo (que em si é ums coisa boa) pode ser usado para justificar coisas erradas.
15.2.02
Estou lendo Timbuktu, de Paul Auster. Li o primeiro capítulo na segunda e o segundo hoje. Até o momento, o livro é decente. E só. Muito pior que Trilogia de Nova Iorque ou A Invenção da Solidão.
Se algo não mudar até o final, só recomendaria para os fãs roxos de Auster.
Se algo não mudar até o final, só recomendaria para os fãs roxos de Auster.
Um deputado brasileiro quer ser o primeiro político no mundo a implantar um chip com seus dados pessoais. O tal chip é capaz de emitir um sinal que facilitaria o encontro de desaparecidos.
O deputado se diz a favor do avanço da ciência e tecnologia, mas a argumentação dele dá a entender outra coisa: os chips seriam mais uma ferramenta contra os seqüestros. Como se não existissem medidas mais efetivas - ou como se os sequestradores não fossem aprender loguinho a lidar com isso.
O deputado se diz a favor do avanço da ciência e tecnologia, mas a argumentação dele dá a entender outra coisa: os chips seriam mais uma ferramenta contra os seqüestros. Como se não existissem medidas mais efetivas - ou como se os sequestradores não fossem aprender loguinho a lidar com isso.
14.2.02
Dia de Gibi Novo: Dylan Dog 1
Dylan Dog é um detetive da série de quadrinhos de mesmo nome publicada originalmente pelos italianos da Sergio Bonelli Editore. A série já tinha saído por aqui há uns dez anos, mas essa história - Johnny Freak é a primeira que eu leio. E acho que não gostei muito.
A premissa é boa, apesar da falta de novidades: um detetive inglês sem muita grana que investiga casos estranhos - nesse caso específico um garoto surdo e mudo que teve seus órgãos extraídos. Mas alguma coisa me incomodou, como costuma ser o caso dos quadrinhos da Sergio Bonelli.
Tanto Tex, quanto Zagor e Dylan Dog parecem coisas feitas para a tv: as histórias são pouco ousadas, cheias de clichês e nunca parecem se levar a sério. O maior mérito da editora não passa pela qualidade intrínseca das histórias, mas pelo fato de conseguir atender a uma grande fatia de público e se sustentar como negócio.
Dylan Dog é um detetive da série de quadrinhos de mesmo nome publicada originalmente pelos italianos da Sergio Bonelli Editore. A série já tinha saído por aqui há uns dez anos, mas essa história - Johnny Freak é a primeira que eu leio. E acho que não gostei muito.
A premissa é boa, apesar da falta de novidades: um detetive inglês sem muita grana que investiga casos estranhos - nesse caso específico um garoto surdo e mudo que teve seus órgãos extraídos. Mas alguma coisa me incomodou, como costuma ser o caso dos quadrinhos da Sergio Bonelli.
Tanto Tex, quanto Zagor e Dylan Dog parecem coisas feitas para a tv: as histórias são pouco ousadas, cheias de clichês e nunca parecem se levar a sério. O maior mérito da editora não passa pela qualidade intrínseca das histórias, mas pelo fato de conseguir atender a uma grande fatia de público e se sustentar como negócio.
13.2.02
A segunda parte da lista de livros do Fábio Fernandes para o Web Insider está no ar. Dessa vez, não li nada, tirando um que está no anexo: o fantástico Seis Propostas para o Próximo Milênio.
Como em todos os lugares que passou, a versão local do Big Brother está redendo mais do que Q-Suco: matéria no No comparando as versões, blogs e brigas em torno de um deles e muita conversa mole. Quem vai ser o primeiro a dar uma de Baudrillard e tentar uma análise um pouco mais profunda?
Image Inc. é uma história em quadrinhos sobre publicidade (mais ou menos) feita com fotografias de catálogos. Por Tiago Teixeira.
12.2.02
At FuckingMachines' headquarters, everything begins to take on a naughty cast. That squat, hulking black machine with the long tube twisting out of it? What's that for? You pervert! That's not for sex. It's just an industrial vacuum cleaner used for nothing more erotic than cleaning the floor, Perilli explains, almost apologetically. "Mind you, we could probably turn it into one," he adds.Trecho de uma matéria da Salon sobre um site que vende vídeos de mulheres fazendo sexo com máquinas.
Depois de máquinas construídas com o único propósito de se destruírem, nem soa tão estranho assim, apesar de não parecer exatamente agradável.
Das "50 Melhores Cartas de Amor de Todos os Tempos" (todas escritas por pessoas famosas, veja só), 63% conseguiram uma resposta positiva do seu target. Já a taxa de retorno das malas postais fica em torno de 1%. Estranhamente, os dois tipos de cartas são semelhantes.
Das duas uma: ou os redatores publicitários são muito grossos, ou o problema está no produto oferecido.
Das duas uma: ou os redatores publicitários são muito grossos, ou o problema está no produto oferecido.
Deve levar pelo menos seis meses até que eu leia a próxima história de Transmetropolitan. Enquanto isso, vou lendo as colunas de Hunter Thompson mesmo. Isso não se parece muito com isso?
11.2.02
Desde de setembro, os fiscais nos aeroportos americanos têm apreendido todo tipo de coisa. O New York Times publicou uma galeria com os objetos que não embarcaram.
O Último Segundo começou a publicar a coluna semanal que Umberto Eco mantem mo l'Expresso. A primeira justamente sobre Harry Potter
8.2.02
The Greeks employed drama and theatre as tools for tought, in much the same way that we employ computers today - or at least in the ways that we envision employing them in the not-too-distant future.Brenda Laurel, em Computers as Theatre.
7.2.02
"Princess Mononoke" is Mr. Miyazaki's finest achievement to date, and perhaps the one anime that need not shrink from comparison with the great Japanese live-action films of the 1950's. This complex, ambiguous, thematically dense epic transcends classification as a children's fantasy; indeed, it has become the highest-grossing Japanese film ever, as popular and meaningful to adults as it is to children.Trecho de uma matéria do New York Times sobre animação japonesa. Tanto Princess Mononoke quanto Ghost in the Shell (também citado no texto) estarão no Soulcyber III.
Além desses animês, vão rolar outros filmes bem legais. Em março.
Dia de Gibi Novo: Paladinos Marvel 1
Não tenho dúvida que é maluquice minha, mas me sinto fazendo algo errado quando compro revistas da Marvel. Mais ainda em português, por conta dos mixes que as ediotoras têm mania de enfiar pela garganta dos leitores. Mesmo assim comprei o primeiro número de uma das revistas da nova editora da Marvel no Brasil. Tudo por causa de uma história.
Eu queria ler Quarteto Fantástico 1234 desde que soube que Grant Morrison ia escrever a série. Como quem vem aqui sabe, adoro o trabalho do escocês e - é quase um segredo - gosto do conceito do Quarteto, apesar das porqueiras que a maior parte dos escritores faz com a série. Fiz minhas contas e vi que, mesmo que lesse só a história de Morrison, o valor pago (R$ 6,90) ia ser próximo ao da história avulsa em inglês.
Gostei da história, apesar do tratamento ser muito diferente do habitual de Morrison. Em vez das idéias loucas que eu adoro, os personagens são explorados, um por edição - começando pelo Coisa. Os desenhos de Jae Lee são ótimos.
De brinde levei uma história do Justiceiro (por Garth Ennis e Steve Dillon) e duas tralha impossíveis de serem lidas: Capitão América (pelo péssimo Dan Jurgens) e Hulk (por sei lá quem).
Gostei do formato escolhido pela Panini. Apesar do preço por páginas ter aumentado (as revistas da Abril custavam R$10 pelo dobro de páginas), eu pago menos coisas que não tenho interesse. Além disso o formato maior (do tamanho de revista de gente grande) e a re-impressão das capas originais dão aquele extra que estava faltando nas revistas da Abril.
Não tenho dúvida que é maluquice minha, mas me sinto fazendo algo errado quando compro revistas da Marvel. Mais ainda em português, por conta dos mixes que as ediotoras têm mania de enfiar pela garganta dos leitores. Mesmo assim comprei o primeiro número de uma das revistas da nova editora da Marvel no Brasil. Tudo por causa de uma história.
Eu queria ler Quarteto Fantástico 1234 desde que soube que Grant Morrison ia escrever a série. Como quem vem aqui sabe, adoro o trabalho do escocês e - é quase um segredo - gosto do conceito do Quarteto, apesar das porqueiras que a maior parte dos escritores faz com a série. Fiz minhas contas e vi que, mesmo que lesse só a história de Morrison, o valor pago (R$ 6,90) ia ser próximo ao da história avulsa em inglês.
Gostei da história, apesar do tratamento ser muito diferente do habitual de Morrison. Em vez das idéias loucas que eu adoro, os personagens são explorados, um por edição - começando pelo Coisa. Os desenhos de Jae Lee são ótimos.
De brinde levei uma história do Justiceiro (por Garth Ennis e Steve Dillon) e duas tralha impossíveis de serem lidas: Capitão América (pelo péssimo Dan Jurgens) e Hulk (por sei lá quem).
Gostei do formato escolhido pela Panini. Apesar do preço por páginas ter aumentado (as revistas da Abril custavam R$10 pelo dobro de páginas), eu pago menos coisas que não tenho interesse. Além disso o formato maior (do tamanho de revista de gente grande) e a re-impressão das capas originais dão aquele extra que estava faltando nas revistas da Abril.
The protean nature of the computer is such that it can act like a machine or like a language to be shaped and exploited. It is a medium that can dinamically simulate the details of any other medium, including media that cannot exist physically. It is not a tool, altough it can act as many tools. It is the first metamedium, and as such it has degrees of freedom for representation ans expression never before encountered and yet barely investigated.Alan Kay.
E nós aqui, presos nos desktops.
Continuando a tradição iniciada em 2001, baixou a metalinguagem no World Question Center - organizado pela Edge - desse ano. A pergunta deste ano é: "qual é sua pergunta?".
Como sempre, as perguntas são bem variadas. De "por que as pessoas gostam de música?" até "espaço, tempo e as outras quantidades físicas são apenas relacionais?".
Apesar de até hoje ter sido incapaz de ler todas as perguntas e respostas de uma edição dessas, acho o exercício tremendamente importante. Só sinto falta de uma variedade maior de nacionalidades fazendo e respondendo as perguntas.
Como sempre, as perguntas são bem variadas. De "por que as pessoas gostam de música?" até "espaço, tempo e as outras quantidades físicas são apenas relacionais?".
Apesar de até hoje ter sido incapaz de ler todas as perguntas e respostas de uma edição dessas, acho o exercício tremendamente importante. Só sinto falta de uma variedade maior de nacionalidades fazendo e respondendo as perguntas.
Deputado cretino quer proibir menores de 16 anos de sair à noite. Tudo para diminuir a violência, certo? Como estamos num país livre (ao contrário dos EUA), os pais poderão dar aos seus filhos um passe para burlar o toque de recolher. Só que, ao dar a autorização, os pais assumem a responsabilidade por qualquer coisa que aconteça aos pimpolhos.
A finalidade da lei: criar uma desculpa padrão para os policiais nos casos de crimes afetando os menores. Além de dar a impressão que alguém está fazendo alguma porra.
A finalidade da lei: criar uma desculpa padrão para os policiais nos casos de crimes afetando os menores. Além de dar a impressão que alguém está fazendo alguma porra.
5.2.02
Tinha um tempão que eu queria lembrar onde eu tinha visto essa história. mas não conseguia. Hoje - nem me lembro como - parei no Velotrol e achei o negócio.
Comecei a ler Computers as Theatre, da Brenda Laurel. É um dos muito livros que faltam para o meu projeto de conclusão - e mal posso esperar para me dedicar prioritariamente a ele.
No primeiro capítulo - o único que li até o momento - a autora faz uma análise cursória de como a é equivocada a forma que as interfaces são pensadas pelos seus criadores - como metáforas de coisas. Laurel propôe que as interfaces sejam pensadas como a arena para o desempenho de uma tarefa na qual tanto o humano quanto o computador têm um papel, onde todos os participantes são agentes, como num palco:
No primeiro capítulo - o único que li até o momento - a autora faz uma análise cursória de como a é equivocada a forma que as interfaces são pensadas pelos seus criadores - como metáforas de coisas. Laurel propôe que as interfaces sejam pensadas como a arena para o desempenho de uma tarefa na qual tanto o humano quanto o computador têm um papel, onde todos os participantes são agentes, como num palco:
In a theatrical view of human-computer activiry, the stage is a virtual world. It is populated by agents, both human and computer-generated, and other elements of the representational context. The techinical magic that supports the representation, as in theatre, is behind the scenes. Wheter the magic is created by hardware, software, or wetware is of no consequence; its only value is in what it produces on the "stage". In other words, the representation is all there is.
4.2.02
Dia de Gibi Novo:The Authority 22 e 25, 31 e Planetary 15
O mesmo amigo que me trouxe açaí na sexta precisa usar um computador, depois que - pela enésima vez - o dele queimou a placa mãe. Diante do tédio de ficar mais de uma hora fazendo nada, pedi que ele trouxesse alguma coisa para eu ler. Ele trouxe as revistas acima.
Até hoje eu nunca tinha lido The Authority. Minha lista de trades para comprar ainda está estacionada nos de Invisibles, JLA e Transmetropolitan. Como as pessoas não para de falar em outra coisa, eu já estava familiarizado com a premissa do título: uma Liga da Justiça ultra-violenta ameaçando governos em prol de uma determinada visão de mundo. Ah, sim: o "super-homem" e o "batman" são gay e têm um caso.
Nos dois números que li, o grupo é detonado por um super-assassino e substiruído por outro montado pelos donos da grana. Um membro sobrevive à solta (uma chance de sacar qual) e os outros estão sofrendo a vingança dos capitalistas (que têm grande imaginação). Já "escrevi" dois cursos de ação possíveis para os personagens, mas acho que Mark Millar é capaz de aparecer com outros que nem pensei.
Mesmo não conhecendo os personagens antes, fiquei muito puto com a maneira que eles são tratados. Afinal, nós (pessoas comuns num mundo comum) estamos nas mãos de vilões iguaizinhos, que estão tão preocupados com a gente quanto os do gibi.
Eu gosto muito mais de Planetary, principalmente por conta daquela impressão de que há muito mais do que eu estou vendo acontecer. Essa edição em especial não foi tão boa quanto as outras, mas ainda assim ne diverti - principalmente com a versão de Ellis para Adam Strange (ou pelo menos eu acho que é Adam Strange).
O mesmo amigo que me trouxe açaí na sexta precisa usar um computador, depois que - pela enésima vez - o dele queimou a placa mãe. Diante do tédio de ficar mais de uma hora fazendo nada, pedi que ele trouxesse alguma coisa para eu ler. Ele trouxe as revistas acima.
Até hoje eu nunca tinha lido The Authority. Minha lista de trades para comprar ainda está estacionada nos de Invisibles, JLA e Transmetropolitan. Como as pessoas não para de falar em outra coisa, eu já estava familiarizado com a premissa do título: uma Liga da Justiça ultra-violenta ameaçando governos em prol de uma determinada visão de mundo. Ah, sim: o "super-homem" e o "batman" são gay e têm um caso.
Nos dois números que li, o grupo é detonado por um super-assassino e substiruído por outro montado pelos donos da grana. Um membro sobrevive à solta (uma chance de sacar qual) e os outros estão sofrendo a vingança dos capitalistas (que têm grande imaginação). Já "escrevi" dois cursos de ação possíveis para os personagens, mas acho que Mark Millar é capaz de aparecer com outros que nem pensei.
Mesmo não conhecendo os personagens antes, fiquei muito puto com a maneira que eles são tratados. Afinal, nós (pessoas comuns num mundo comum) estamos nas mãos de vilões iguaizinhos, que estão tão preocupados com a gente quanto os do gibi.
Eu gosto muito mais de Planetary, principalmente por conta daquela impressão de que há muito mais do que eu estou vendo acontecer. Essa edição em especial não foi tão boa quanto as outras, mas ainda assim ne diverti - principalmente com a versão de Ellis para Adam Strange (ou pelo menos eu acho que é Adam Strange).
Não que eu seja nostálgico, mas o passado dos computadores é muito legal. Eu queria ter um segundo pc aqui em casa, onde eu pudesse futucar à vontade. Volta e meia, me interesse por algum sistema operacional ou programa miraculoso e fico com vontade de instalar e testar o que dá para fazer sem Windows. Até hoje não fiz isso: fico preocupado em causar algum pau severo na máquina e perder tempo de trabalho.
Os jornalistas que trabalham em televisão estão começando a usar videofones em lugares onde as condições de trabalho são muito ruins. Os sitemas transmitem video streamingentre 64kbs (um pouco mais rápido que o modem doméstico) e 256kbs (mais de 5 vezes a velocidade que você tem em casa).
Para coberturas ao vivo, o sistema realmente parece excelente. Para matérias gravadas, tanto o preço quanto a qualidade podem melhorar bastante.
Para coberturas ao vivo, o sistema realmente parece excelente. Para matérias gravadas, tanto o preço quanto a qualidade podem melhorar bastante.
3.2.02
Você acredita na existência de Deus? Sua crença é compatível com o que você sabe sobre o mundo ou com crenças de outra natureza? Esse teste reponde a essas perguntas. O site da The Philosopher's Magazine tem outros jogos bem legais.
1.2.02
Dia de Gibi Novo: Werewolf - Bone Gnawers
Minha casa é uma espécie de entreposto. Mesmo que passe meses sem encontrar alguém, por alguma razão as pessoas aparecem para deixar coisas para outras pegarem aqui. Como na maioria das vezes são livros e quadrinhos, eu não ligo: mais coisa para ler.
Nessa de caixa postal, apareceu aqui hoje (junto com dois potes de açaí!) uma revista em quadrinhos baseada no RPG Werewolf: The Apocalipse. Em duas palavras: muito ruim.
Sabe aqueles "quadrinhos adultos para leitores maduros" que não têm nada de adultos ou de maduros, só violência e sugestões de sexo sem um roteiro ou questões que prestem? Pois é. O desenho até que se salva, mas a história é tão fraca que quase não cheguei ao final das 64 páginas. Já vi aventuras mestradas por iniciantes que são mais originais.
Minha casa é uma espécie de entreposto. Mesmo que passe meses sem encontrar alguém, por alguma razão as pessoas aparecem para deixar coisas para outras pegarem aqui. Como na maioria das vezes são livros e quadrinhos, eu não ligo: mais coisa para ler.
Nessa de caixa postal, apareceu aqui hoje (junto com dois potes de açaí!) uma revista em quadrinhos baseada no RPG Werewolf: The Apocalipse. Em duas palavras: muito ruim.
Sabe aqueles "quadrinhos adultos para leitores maduros" que não têm nada de adultos ou de maduros, só violência e sugestões de sexo sem um roteiro ou questões que prestem? Pois é. O desenho até que se salva, mas a história é tão fraca que quase não cheguei ao final das 64 páginas. Já vi aventuras mestradas por iniciantes que são mais originais.
Hoje me envolvi em uma discussão que tinha muito com o TAZ (que terminei também hoje). Foi sobre o Carnaval. Basicamente, eu repeti minha pergunta de sempre: para que serve o Carnaval? Que necessidades a festa atende?
O grupo disse as coisas que já estou acostumado a ouvir: que é uma festa onde as regras são suspensas, onde é muito mais fácil arrumar um parceiro sexual ou drogas, que “você pode fazer loucuras e ninguém tá nem aí”, iada, iada, iada.
A visão do carnaval como uma zona de autonomia temporária é algo bastante corriqueiro. Realmente, minhas poucas experiências com essa festa indicam que é um free for all. Mas uma elasticidade maior de certas regras é suficiente para configurar uma TAZ? Dinheiro, leis, limites territoriais e todo o resto continuam valendo. Não há uma mudança fundamental – mesmo que momentânea – no modo como as coisas funcionam.
Nem vou entrar na questão do carnaval não ter um “projeto político” (ou fazer parte de um), mas... O carnaval é instituído de cima, não? Ele não se organiza espontaneamente, mas é uma ferramenta – mais ou menos uma válvula de escape – para certas tensões surgidas no atrito de diferentes setores da sociedade. Mais que isso: ele é muito importante para a manutenção do mito da possibilidade de uma sociedade igualitária surgida a partir de uma sociedade capitalista.
Ou alguma coisa do tipo.
O grupo disse as coisas que já estou acostumado a ouvir: que é uma festa onde as regras são suspensas, onde é muito mais fácil arrumar um parceiro sexual ou drogas, que “você pode fazer loucuras e ninguém tá nem aí”, iada, iada, iada.
A visão do carnaval como uma zona de autonomia temporária é algo bastante corriqueiro. Realmente, minhas poucas experiências com essa festa indicam que é um free for all. Mas uma elasticidade maior de certas regras é suficiente para configurar uma TAZ? Dinheiro, leis, limites territoriais e todo o resto continuam valendo. Não há uma mudança fundamental – mesmo que momentânea – no modo como as coisas funcionam.
Nem vou entrar na questão do carnaval não ter um “projeto político” (ou fazer parte de um), mas... O carnaval é instituído de cima, não? Ele não se organiza espontaneamente, mas é uma ferramenta – mais ou menos uma válvula de escape – para certas tensões surgidas no atrito de diferentes setores da sociedade. Mais que isso: ele é muito importante para a manutenção do mito da possibilidade de uma sociedade igualitária surgida a partir de uma sociedade capitalista.
Ou alguma coisa do tipo.
As aberrações que a gente vê na passagem de um mundo "natural" para outro pós-humano são quase inacreditáveis. Às vezes o bom senso é esquecido. Outras, esquece-se que o bom senso não pode responder a todas as questões, sendo necessário ou pouco mais de trabalho.
Eu tenho que parar de pensar nessas coisas. Ou arrumar um jeito de convencer as pessoas que esses assuntos são muito importantes.
Eu tenho que parar de pensar nessas coisas. Ou arrumar um jeito de convencer as pessoas que esses assuntos são muito importantes.
Nem filosofia, nem física. A coisa mais complicada do mundo é a economia. Se lembrarmos que as teorias da conspiração incluem - e supõem efeitos sobre - a economia, elas ficam no topo do pódio. A não ser que você seja marxista - o que inverte a situação mais uma vez.
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